“Creia no Gohonzon, o supremo objeto de devoção de todo o Jambudvipa (o mundo inteiro).Fortaleça ainda mais a sua FÉ e receba a proteção de Sakyamuni, de Muitos Tesouros e dos budas as dez direções.Exerça-se nos dois caminhos da PRÁTICA e do ESTUDO. Sem eles, não pode haver budismo. Deve não somente perseverar em sua fé, mas também ensinar aos outros. Tanto a prática como o estudo surgem da fé. Ensine aos outros com o melhor de sua habilidade, mesmo que seja uma única sentença ou frase. “(Os Escritos de Nitiren Daishonin, Vol.5, pg.8).
Este gosho, escrito por Nitiren Daishonin, traz à tona os três pilares do budismo, que são a fé, a prática e o estudo. Estes três elementos coexistem, se complementam e se fortalecem, sendo preciso que os três estejam presentes para que se realize uma correta prática do budismo.Vamos entender isso?
FÉ
Procurando uma definição de fé no dicionário eu encontrei esta aqui: “Sentimento de quem acredita em determinados ideias ou princípios religiosos. = CRENÇA”"fé", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/f%C3%A9 [consultado em 16-02-2014].(grifei)
Sim, indubitavelmente a fé é um sentimento,e um sentimento experimentado por quem acredita. Neste sentido, a fé é o princípio fundamental da prática do budismo. Isso porque antes de mais nada, é preciso acreditar. E não apenas acreditar, mas “acreditar e abraçar” os ensinamentos do Buda. É preciso crer no Gohonzon como supremo objeto de devoção, como também no estado de Buda inerente em cada ser.
Só é possível ingressar no Estado de Buda por meio da fé, pois se você olha o Gohonzon com ceticismo, como poderá enxergar nele o espelho de seu estado de Buda? Sua prática perderia o sentido e seus esforços, a razão de ser.
Não obstante, Nitiren Daishonin sempre incentivava seus discípulos a ampliarem sua fé:
“Fortaleça sua fé dia após dia, mês após mês. Se enfraquecer mesmo um pouco, os demônios aproveitar-se-ão.”
“O Senhor deve crer no Sutra de Lótus tal como deseja ardentemente por alimento quando está com fome, ou por água quando está com sede, espera ansiosamente para ver seu amor, procura remédio para sua doença ou como uma linda mulher que deseja cosméticos.”
“Sua mente, agora desnorteada pela escuridão inata da vida, é como um espelho embaçado, mas, se polir, é certo que tornar-se-á claro como cristal de iluminação das verdades imutáveis. Manifeste-se na prática da fé, polindo seu espelho incessantemente, dia e noite.”
Desta forma, tudo se inicia com a fé, que é o sustentáculo para a:
PRÁTICA
A prática budista consiste em ações concretas e reiteradas, visando a transformação de si mesmo para a transformação do mundo à nossa volta. A prática, neste sentido, se evidencia de duas formas: a prática individual e a prática altruística.
A prática individual, corresponde à recitação do Daimoku (Nam-myo-ho-rengue-kyo) e Gongyo de manhã e à noite. Esta prática não deve ser encarada como uma obrigação, mas sua continuidade exige disciplina. As orações diárias visam o aprimoramento do próprio indivíduo através da elevação de seu estado de vida, o que constitui a base para a transformação de seu ambiente.
A prática altruística, consiste em apresentar o budismo de Nitiren Daishonin à outras pessoas, incentivando-as a também praticar o budismo de Nitiren Daishonin, o que conhecemos como fazer chakubuku (convidado). Tal prática tem como objetivo conduzir outras pessoas à felicidade absoluta, de forma a manifestar a mesma condição de vida do buda Nitiren Daishonin:
“Portanto, os que se tornam discípulos e seguidores leigos de Nitiren devem compreender a profunda relação cármica que compartilham com ele e propagar o Sutra de Lótus exatamente como ele faz.”
Portanto, as duas práticas (individual e altruística) se complementam e objetivam a transformação interior de cada indivíduo. Entretanto, elas precisam ser fortalecidas constantemente através do:
ESTUDO
O estudo tem por objetivo proteger o ensino correto dos princípios budistas e aprofundar a fé, de forma a dissipar as dúvidas.
No budismo de Nitiren Daishonin, o estudo tem como base a leitura dos goshos, que são as cartas constantemente enviadas por Nitiren Daishonin a seus discípulos, tendo em vista que estas contém a base e o fundamento da filosofia exposta por Nitiren Daishonin.
O estudo constante da filosofia budista também é importante para se evitar interpretações próprias que poderiam corromper a essência dos ensinamentos do buda Daishonin.
O presidente Ikeda elucidou perfeitamente a conexão entre estes três elementos (fé, prática e estudo), os quais formam o tripé da prática budista:
“SE FALTA ENERGIA, FALTA DAIMOKU
SE HÁ CANSAÇO, FALTA GONGYO
SE HÁ DÚVIDA FALTA ESTUDO,
SE NÃO HÁ FELICIDADE, FALTA CHAKUBUKU.
A FÉ E A PRÁTICA SEM ESTUDO,
NOS LEVA AO FANATISMO;
A FÉ E O ESTUDO SEM A PRÁTICA,
NOS LEVA AO IRREALISMO;
A PRÁTICA E O ESTUDO SEM A FÉ,
NOS LEVA A ROTINA.
O BUDISMO É O CORPO,
E NÓS SOMOS A SOMBRA.”
Leia mais: http://o-portal-da-paz.webnode.com/news/fe-pratica-e-estudo-o-tripe-da-pratica-budista/
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