domingo, 20 de abril de 2014

AS NOVE CONSCIÊNCIAS



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As nove consciências compreendem nove formas de percepção que possuímos a respeito do mundo e de tudo que o cerca. Sendo assim, as cinco primeiras consciências são emanações  dos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar.

sexta consciência representa a integração entre estes cinco sentidos, o que se dá por manifestações imediatas às percepções alcançadas por estes sentidos. Ex: ao  vermos um objeto bonito, mas com péssimo odor, tendemos a rejeitá-lo. É uma reação imediata e quase instantânea ao sentido proporcionado pelo olfato.

sétima consciência é denominada MANAS em sânscrito, e representa o poder do pensamento. Aqui se desenvolve a razão, a capacidade de reflexão, de ir além da percepção formulada pelos cinco sentidos. Neste nível de percepção, os julgamentos são forjados à luz de experiências vividas no passado e de conceitos que aprendemos desde a infância. Vale lembrar que a sétima consciência é própria dos seres humanos, que possuem a capacidade de raciocínio.

Curioso que, ao escrever sobre a sétima consciência e sobre a formulação de crenças e conceitos, lembro de uma célebre frase de Nelson Mandela, em que ele diz: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”

De fato, na sétima consciência, nasce o ódio, o preconceito, a arrogância e todos os tipos de apegos e ilusões. Mas também, é na sétima consciência que nasce a força, a determinação e a inteligência que pode ser direcionada para o avanço e bem-estar da humanidade.

Ocorre que, a consciência humana não se finda tão e unicamente na capacidade de raciocínio e reflexão, pois  além da sétima ainda temos mais duas outras consciências.

oitava consciência, também é chamada de ALAYA, o que em sânscrito significa repositório. Este nível de percepção é o que Sigmund Froid reconheceu como inconsciente. Isto porque é na oitava consciência que captamos e depositamos as impressões de todas as experiências vividas. Ocorre que, esta captação se estende do infinito passado ao infinito futuro e por isso, é na oitava consciência que se encontra o carma (seja ele bom ou ruim).

Certa vez, em uma percepção apurada da lei de causalidade, ouvi uma frase que dizia que o efeito sempre retorna para quem fez a causa. Desta forma, se a causa das ações, palavras e pensamentos que emanamos encontra-se em nós, o efeito certamente retornará para nós.

Entretanto, acima dos cinco sentidos e da integração entre estes cinco sentidos (sexta consciência), acima da nossa capacidade de raciocínio (sétima consciência) e acima até mesmo do poder benéfico ou maléfico das inúmeras causas acumuladas desde o infinito passado, encontra-se uma consciência búdica, imaculada, limpa das impurezas oriundas dos três venenos (Ira, Avareza e Estupidez), livre das ilusões da escuridão fundamental e intocada pelo mau carma.

Esta é a nona consciência, conhecida como AMALA, o que significa imaculada, em sânscrito. Nitiren Daishonin nos mostra que a nona consciência é o próprio estado de Buda, ou seja, de iluminação, que se estende do infinito passado ao infinito futuro.

Em apertada síntese, a teoria das nove consciências aponta para a possibilidade real de transformação do destino, isso porque, para que consigamos transformar o carma, bem como para realizarmos a revolução humana, necessitamos  expandir nossa consciência a um nível que esteja acima do repositório cármico, ou seja, precisamos alcançar a nona consciênciaou o Estado de Buda.

 E alcançar a nona consciência, implica em perceber que a Lei Mística (Nam-myo-ho-rengue-kyo) é a real natureza de todos os fenônemos.


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