“Todo mundo é um gênio. Mas se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir em
árvores, ele viverá
o resto de sua vida acreditando que é um idiota.” -Albert Einstein
Acredito
que esta frase seja perfeita para ilustrar o tema deste post de hoje, que é a
comparação.
Vivemos
em um mundo cujo sistema econômico é o capitalismo. O capitalismo necessita do
consumo para gerar lucro.
Então, para gerar o consumo, o capitalismo
estimula a comparação, pois a comparação com o outro leva ao desejo de ter o
que ele tem e de consumir o suficiente para ter tanto ou mais que ele (vide os
comerciais de televisão).
Bom,
onde eu quero chegar com tudo isso?? Um dos maiores obstáculos à prática
budista é a comparação. Isso porque medimos os resultados de nossa prática
sempre em comparação com outras pessoas que acreditamos ter mais do que a gente.
E pior, não só os resultados de nossa prática, mas também da prática dos
outros!
E
com isso, vamos caindo em um redemoinho de dúvidas, pois, como já dizia Daisaku
Ikeda (presidente da Soka Gakkai) quem se compara aos outros termina em um beco
sem saída.
Sem saída porque mesmo aquelas pessoas com
quem nos comparamos negativamente, também vão achar que existe alguém em melhor
situação ou mais feliz do que eles.
Da
mesma forma, quando conseguirmos alcançar aquilo que tanto desejamos, também
acreditaremos que ainda não é o suficiente, pois a mentalidade baseada na
comparação continua a mesma. E sempre haverá alguém que acreditamos estar em
melhor condição ou mais feliz do que nós.
Somos
pessoas diferentes, com habilidades e graus de consciência distintos e por tal
razão seguimos trajetórias distintas. Além disso, temos missões de vida
diferentes, que serão exercidas em diferentes “palcos da vida”.
Então,
se você se considera inferior ou menos favorecido em relação aqueles com quem
se compara é porque a sua missão deverá ser exercida exatamente onde está,
enquanto a missão do outro deverá ser exercida onde ele se encontra.
Lembre-se:
o estado de buda existe em você na forma como se encontra atualmente.
Além
do mais, se medimos apenas os resultados da prática budista apenas e somente
pelo grau de bens que somos capazes de acumular, é sinal de que ainda não
compreendemos o real sentido de praticar o budismo. Pois para além de
conquistar benefícios, a razão primordial de nossa prática é a realização de
nossa revolução humana.
Beijos
a todos e até o próximo post!
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