sexta-feira, 4 de setembro de 2015

E a danada da comparação...









Todo mundo é um gênio. Mas se você julgar um peixe pela sua habilidade de subir em árvores, ele viverá o resto de sua vida acreditando que é um idiota.” -Albert Einstein

Acredito que esta frase seja perfeita para ilustrar o tema deste post de hoje, que é a comparação.
Vivemos em um mundo cujo sistema econômico é o capitalismo. O capitalismo necessita do consumo para gerar lucro.

 Então, para gerar o consumo, o capitalismo estimula a comparação, pois a comparação com o outro leva ao desejo de ter o que ele tem e de consumir o suficiente para ter tanto ou mais que ele (vide os comerciais de televisão).

Bom, onde eu quero chegar com tudo isso?? Um dos maiores obstáculos à prática budista é a comparação. Isso porque medimos os resultados de nossa prática sempre em comparação com outras pessoas que acreditamos ter mais do que a gente. E pior, não só os resultados de nossa prática, mas também da prática dos outros!

E com isso, vamos caindo em um redemoinho de dúvidas, pois, como já dizia Daisaku Ikeda (presidente da Soka Gakkai) quem se compara aos outros termina em um beco sem saída.

 Sem saída porque mesmo aquelas pessoas com quem nos comparamos negativamente, também vão achar que existe alguém em melhor situação ou mais feliz do que eles.

Da mesma forma, quando conseguirmos alcançar aquilo que tanto desejamos, também acreditaremos que ainda não é o suficiente, pois a mentalidade baseada na comparação continua a mesma. E sempre haverá alguém que acreditamos estar em melhor condição ou mais feliz do que nós.

Somos pessoas diferentes, com habilidades e graus de consciência distintos e por tal razão seguimos trajetórias distintas. Além disso, temos missões de vida diferentes, que serão exercidas em diferentes “palcos da vida”.

Então, se você se considera inferior ou menos favorecido em relação aqueles com quem se compara é porque a sua missão deverá ser exercida exatamente onde está, enquanto a missão do outro deverá ser exercida onde ele se encontra.

Lembre-se: o estado de buda existe em você na forma como se encontra atualmente.

Além do mais, se medimos apenas os resultados da prática budista apenas e somente pelo grau de bens que somos capazes de acumular, é sinal de que ainda não compreendemos o real sentido de praticar o budismo. Pois para além de conquistar benefícios, a razão primordial de nossa prática é a realização de nossa revolução humana.


Beijos a todos e até o próximo post!

Nenhum comentário:

Postar um comentário